quarta-feira, 25 de março de 2009

050309

Que noite!
De Ipanema ao Leblon
Que barra, chegar na Barra!
Batidinha de cocô? Bar fechado!
Joatinha na área, e eu aérea
Vou te encarar careta
Timidez no bolso, sorriso frouxo
Vinho italiano no gargalo
Te agarro e arregalo os olhos
Pintados de preto...
Você sorri e me chama pra perto
Amor sem teto, bicho solto!
Salto alto, pé inchado
Estamos loucos, sem noção
Calça apertada, mente inflada
Gente chegando, tensão aumentando
Romance irrequieto, mão com mão
Noite com lua, estrela sem nuvem

Beija-flor que me presenteia
Com beijos de baco completo
A pashmina que combina
Com a camiseta amarela
Jeans e afins
E você em cima de mim
Às pedras não rolamos
Deslizamos
Penhasco da loucura que fascina
Abusamos da sorte
Agora não tem mais volta
E na hora do grito
A pequena morte...
Segundos sublimes
De vertigem ao som do mar
Me falta o ar no calor de verão

O tempo passou voando
Eu queria agora uma caneta
E um violão
Cifras e letras
Perdidas no meio da multidão
Você e eu, eu e você
Muito doidos, solidão
Vai embora, te expulso
Me encontro só em uso
Amanhã, desuso, fora de uso
Me uso só e na saudade
À espera da vontade
Que impera, força voraz
Me leva e te traz
Me pega e nos faz
Dois em um

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